Epistasia

Epistasia é uma situação em que o gene de determinado lócus altera a expressão do gene de outro lócus. Pode-se dizer que a epistasia ocorre quando um gene mascara a ação de outro gene, podendo este estar ou não no mesmo cromossomo.

Na epistasia, um gene mascara a expressão de outro. Eles são classificados em:

Gene epistático: exerce ação inibitória.

Gene hipostático: é inibido.

Existem diferentes tipos de epistasia. Aqui, consideraremos apenas a epistasia dominante e a recessiva.

Epistasia dominante: como o nome sugere, nesse tipo de epistasia, um alelo dominante inibe a ação dos alelos de outro par. Por ser um alelo dominante, a inibição ocorre mesmo que ele atue em dose simples.

Epistasia recessiva: nesse caso, a inibição acontece apenas quando o gene epistático ocorre de forma dupla.

Exemplos:

A pelagem em cães labradores é um exemplo clássico de epistasia. Nesses animais, observa-se pelagens preta, marrom (labrador chocolate) ou amarela (labrador dourado). B e b são os dois alelos responsáveis pelas colorações preta e marrom, sendo a cor preta dominante. Assim, para que um labrador apresente pelos marrons, ele deve ser bb, enquanto a pelagem preta é observada em labradores Bb e BB.

A cor amarela, por sua vez, é determinada por um segundo gene, que determina se os pigmentos serão ou não depositados no pelo. Se um indivíduo apresenta o alelo dominante E, pigmento marrom ou preto será depositado. Entretanto, se o indivíduo for ee, sua pelagem será amarela, independentemente do genótipo no lócus para preto ou marrom.

Nesse caso, podemos concluir que o gene para depósito de pigmento é epistático para o gene responsável pela coloração marrom ou preta. Trata-se de um exemplo de epistasia recessiva, pois quando o indivíduo é homozigoto recessivo no lócus para depósito de pigmento, as cores preta ou marrom não ocorrem. Desse modo:

indivíduos BBEE, BbEE, BBEe e BbEe são pretos;

indivíduos bbEE e bbEe são marrons;

indivíduos BBee, Bbee e bbee são amarelos.

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